quarta-feira, 4 de maio de 2011

O ALIENISTA por Gabriela


O Alienista – Machado de Assis

Sentada em frente ao computador, à procura de algum livro de conto que me agradasse para ler este mês... Nada feito, quer dizer, achei alguns, mas nenhum que eu pudesse chamar de interessante. Eram contos de fadas, princesas, reis, final feliz, coisas das quais já não aguentava mais ver em minha frente. Clássicos também apareceram, inclusive Machado de Assis. No dia seguinte, ia à busca deles, mas nem precisei. Regina trouxe alguns para turma escolher. Confesso que achava O Alienista um livro monótono, e Machado de Assis que me perdoe, não consegui ver graça nele. Durante anos o vi nas prateleiras da escola, mas finalmente o li.
Assim como no mês passado, também me apaixonei pelo título, Alienista, fiquei pensando sobre o que seria e acabei descobrindo. Entre a demência de um louco fantástico e palavras embaraçosas de um grande sábio não sei qual escolher.
 O livro inteiro manteve-me concentrada a cada palavra, já pensou se eu piscasse e me perdesse?? Acho que Dr. Simão Bacamarte iria recolher-me a Casa Verde, talvez por algum caso patológico, como ele mesmo gostava de dizer quando alguém não era absolutamente normal.
Simão Bacamarte, homem requintado, estudou na Europa e quando retornou ao Brasil, mais exatamente em Itaguaí (interior do Rio de Janeiro), aprofundou-se nos estudos da Ciência. Nisso, conheceu D. Evarista, uma viúva, não bonita e nem simpática como ele mesmo a definiu, com quem acabou casando-se, para surpresa de um de seus tios. Ele dizia que ela tinha condições fisiológicas a anatômicas de primeira ordem, digeria com facilidade e dormia regularmente, tinha bom pulso e excelente vista, sendo assim estava apta a dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. Dentro de pouco tempo, foi à Câmara propondo que Itaguaí tivesse uma Casa de Orates, ou seja, um hospício, para que assim pudesse aprofundar-se em seus estudos. Defendeu a proposta com tanta firmeza que os vereadores acabaram aprovando. Assim, criou-se então a famosa Casa Verde. A princípio só os loucos eram recolhidos para objeto de estudo e suas famílias arcavam com as despesas. Com o passar do tempo, tudo indica que Dr. Simão Bacamarte, agora conhecido como alienista, ficou obcecado pelos estudos e acabou formulando novas teorias um tanto absurdas sobre o que se passava na cabeça das pessoas. Por fim, mais de trezentas pessoas estavam recolhidas à Casa Verde, por quê? O alienista afirmava que todas tinham lesão cerebral.
Realmente, não podia esperar menos de um mestre como Machado de Assis. A partir do décimo capítulo fiquei boquiaberta, e com um final surpreendente como esse, tornou a história mais envolvente. Mas quem nos afirma que o alienado não é mesmo o alienista?!

Gabriela Soares B.

4 comentários:

  1. O que tenho a dizer sobre minha resenha? Acredito que não muita coisa, talvez uma única: O Alienista me alienou... rs. Espero que gostem.

    Gabi =D

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  2. Interessante resenha... interessante história!É tinha que ser Machado de Assim. Gostei muito da explicação dos fatos e realmente fiquei curiosa para saber o final. bjoss

    Jéssica

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  3. Interessante resenha... Interessante história! Tinha que ser O mestre Machado de Assis!!!
    fiquei realmente curiosa para ler o final!

    Jéssica:)

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  4. Gostei muito da sua resenha, você falou sobre o livro e me deixou curiosa sem entregar todos os fatos de cara.
    Júlia.

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