terça-feira, 10 de maio de 2011

A MONTANHA ENCANTADA por Jéssica Ferrari


Título: A Montanha Encantada
Autora do livro: Maria José Dupré
Editora: Ática
N° de páginas: 111

O que você faria se descobrisse um mundo desconhecido? Um mundo totalmente diferente, onde tudo é feito de ouro... Foi o que aconteceu com algumas crianças que procuravam descobrir o segredo da Montanha Encantada.

Uma radiante luz que brilhava no alto de um monte, deixou um grupo de crianças curiosas. Eram primos que passavam as férias na fazenda do padrinho, e em meio a muita diversão se surpreendem com o estranho ocorrido. Em busca de uma nova aventura, todos decidem fazer uma excursão a tal Montanha.

Narrada de forma envolvente, ao desenrolar da história esta ganha complexidade. Durante todo o percurso caminhado o mistério é aguçado: os aventureiros ouvem sinos tocando num ritmo suave, e também ouvem leves passos, enquanto tentam dormir em suas barracas.

Já no topo, Cecília, Vera, Quico, Lúcia e Oscar conversavam sentados em uma pedra. Um acidente ocorre e esta de repente vira. Com um grande susto percebem-se dentro da montanha. Era um lugar escuro, esquisito, incomum... Para sua surpresa era uma cidade feita de ouro, onde viviam apenas anões. A partir de então o livro ganha novos personagens e os segredos começam a ser revelados, inclusive descobre-se o porquê da luz que brilhava fortemente.
Os anões já comentavam sobre os “invasores”, quando o príncipe e a princesa, que casariam em breve, ordenam que desejam conhecê-los. Muito simpáticos os tratam como visitantes e mostram o local, dizendo-lhes como é a vida na cidade. As crianças, preocupadas com a reação do Padrinho ao saber que desapareceram, tentam sair, mas o príncipe as proíbe. Notam-se então, muitas tentativas de fugir, todas vãs.

Confesso que esperava mais do livro, porém ele me permitiu questionar coisas, que muitas vezes a correria do dia a dia nos impede de refletir. A autora trabalha habilmente com a dualidade dos temas riqueza e pobreza. Como uma cidade de ouro pode ser tão pobre? Apesar de riquíssima, na cidade não pegava sol, não havia pássaros, nem livros ou flores.  Nós temos um grande privilégio, possuímos um mundo maravilhoso, embora não o damos valor, nem temos o capricho de admirar as lindas obras que Deus fez. Enquanto o mundo tem várias maneiras de sorrir para nós, não sorrimos para ele. 

Aluna: Jéssica Ferrari

3 comentários:

  1. Jess,

    Depois que li sua resenha me veio até um desanimo sabe.. Ficou tão, tão, tão perfeita. Depois de ler algumas que me desanimaram (mas por outros motivos rs), vejo que seu esforço valeu a pena. Amiga, vc é demais viu (não é só pq sou sua amiga ta rs)!!!

    Bjss Gabi

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  2. Jess, adorei sua resenha, ficou legal mesmo. O modo como vc escreveu conseguiu tirar a ideia de historinha boba desse livro, adorei a última frase.

    Júlia.

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  3. Muito bom Jéssica, além de descrever com maturidade a história, você conseguiu retirar uma "moral" do que leu.

    Ótima resenha!

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