domingo, 25 de setembro de 2011

TURMA DA MÔNICA: No país das Maravilhas - Por JÚLIA




Turma da Mônica Jovem: No país das Maravilhas
Autor: Maurício de Sousa
N° de páginas: 257 páginas - parte um e dois.

Os gibis são, para muitos, um tipo de iniciação no mundo da leitura. Assim, eu poderia dizer que ler o livro desse mês me fez voltar à minha infância, mas não fez, pois infelizmente, minha iniciação nesse universo foi tardia, mas me consolo por ela ter acontecido. Apesar disso, quem não conhece a Turma da Mônica? 

No gibi que li a menina dentuça, o garotinho que fala errado, a comilona Magali e o garoto que odeia tomar banho voltam em novas versões, mais maduras (nem tanto), com algumas características mudadas e outras permanentes. O Cebolinha, quero dizer, o Cebola teve muitas correções em sua fala, apesar de ainda ter alguns escorregões, Magali ainda é louca por comida também, mas por comida orgânica, Cascão, bom, Cascão continua o de sempre, mas com um brinco e Mônica ainda se estressa facilmente e usa Sansão de arma, como nos velhos tempos.

Minha escolha se baseou no fato de esse gibi ser o encontro de dois clássicos modernizados, a Turma da Mônica e o livro de Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas, uma combinação que deu certo. 

Nessa aventura, toda a turma vai parar no livro de Alice no dia do aniversário da Mônica, assim cabe a ela entrar no livro e salvar seus amigos, dando início a uma corrida contra o tempo para ajudar a turma que está disfarçada em personagens do livro original. Foram inseridos na história detalhes ligados à tecnologia (não me lembro de um GPS para achar o castelo da rainha ou computadores para pintar as rosas de vermelho no livro original) e referências a diversos fatos da atualidade, até Maradona, Pelé e Zico entram na história. Mas o tradicionalismo permitiu que a desenvoltura da história se estruturasse ao redor dele, assim sendo guiada de modo descontraído e natural, além de permitir que Mônica e o leitor entendam, ao final de tudo, qual é o verdadeiro País das Maravilhas. 

Contudo, senti falta da pequena Mônica no vestido vermelho e das ocasiões em que era necessário decifrar as falas do Cebolinha. Acabo por sentir certa perda da essência original dos gibis. O fato de não haver praticamente nenhuma revistinha na banca também contribuiu com essa sensação. Entendo que as mudanças ocorreram de acordo com o público consumidor. De qualquer modo, parar para ler uma revista em quadrinhos foi como sair da rotina para voltar ao passado.

4 comentários:

  1. Jú,

    Adorei a resenha!! Confesso que depois de ler sua resenha de Orgulho e Preconceito, todas as outras se tornaram tão simples. E concordo com vc, nem sempre as mudanças são as melhores. Eles cresceram, a gente também. Talvez tudo tenha perdido um pouco da magia, não é?!

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  2. Isso mesmo, Gabriela!!
    Crescemos e escondemos 'o Pequeno Príncipe' que há em nós. rs

    Assim como nós crescemos, os personagens também cresceram, perderam a ingenuidade, a fantasia, e também a magia que há no 'ser criança'.

    Ler Histórias em Quadrinhos esse mês foi uma oportunidade para revisitar alguns personagens que compuseram nossas primeiras histórias lidas nos gibis e reencontrá-los também crescidos, como foi o caso da revista lida pela Júlia, foi interessantíssimo pra mim. Fiquei curiosa para lê-la também.

    Gostei muito de suas reflexões, Júlia. Pena você não encontrado nenhuma revistinha na banca.

    Um abraço
    Profª Regina

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  3. Turma da Monica é o meu favorito, mas quis variar, e li Luluzinha.
    mais não fugindo do assunto, gostei muito da sua resenha, esse gibi parece ser bem interesante e engraçado.
    falou muito bem sobre elas.
    Parabens!
    beijo thalita

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  4. Jú,
    Confesso que nunca li uma revistinha da turma da Mônica jovem, mas acho que é interessante notarmos a evolução de cada personagem, mesmo que muitas vezes as mudanças façam sentirmos falta daquela característica mais marcante de cada um deles...
    Você escolheu uma história bem extensa... Uma união de um clássico da literatura, com um clássico infantil deve ter proporcionado uma ótima leitura. Isso acrescido de seu esforço e criatividade resultou numa resenha incrível. Você refletiu muito bem, adorei!

    Bjss
    Jéssica Ferrari

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