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As dúvidas de como escrever a resenha deste mês foram muitas, acredito que esse é provavelmente nosso maior desafio. Porém devo admitir que o Livro de Ester não me apresentou muitos obstáculos. Afinal sendo um livro, de certo modo, bibliográfico, tem um baixo grau de dificuldade.
Prometo que desta vez vou tentar ser mais breve do que o comum, afinal o detalhismo às vezes se torna cansativo. Vamos começar pelos pontos básicos, como por exemplo, o fato de que o nome de Ester, não é esse, e sim Hadassa (que particularmente acho mais interessante). A primeira parte da história nem cita o nome de Ester, é centrada no fato de que Mardoqueu, primo que criou Ester, salvou o rei Assuero da armadilha que dois soldados planejavam, avisando-o sobre o plano previamente. Como rei do mais poderoso império na época, a Pérsia, que se estendia da Índia à Etiópia, Assuero concedeu a Mardoqueu um cargo em seu palácio.
Porém o envolvimento do rei e de Ester acontece quando ele ordena que todas as moças mais belas do reino sejam reunidas em seu palácio para que ele escolha uma nova rainha, dentre essas moças está Hadassa, judia, que à pedido de Mardoqueu não revela sua origem, e assim muda seu nome para Ester.
A simpatia da jovem conquista todos que a cercam, desde os empregados do palácio ao Rei Assuero, assim Ester é escolhida como a nova rainha. Um verdadeiro romance narrado dentro da Bíblia até aí, porém, quando Amã é introduzido na história, chega também a crueldade.
Amã havia sido promovido pelo rei para o mais alto cargo dentro do palácio, todos deveriam obedecê-lo, mas quando Mardoqueu recusou-se a curvar-se à Amã, este último não se contentou em vingar-se apenas de Mardoqueu e convenceu o rei a decretar a extinção de todos os judeus, o dia escolhido foi o dia treze do mês de Adar.
Quando Ester fica sabendo dessa ordem, ela resolve, à pedido de Mardoqueu, falar com Assuero e pedir que ele mude o decreto. Deste modo, Ester pede que todos os judeus rezem e façam um jejum de três dias por ela, pois mesmo sendo esposa do rei, ela sabia que se algum súdito se apresentasse à ele sem ser chamado seria morto se o rei não estendesse seu cetro. Assim, Ester confia em sua fé e no amor de Assuero por ela e se apresenta à ele para fazer seu pedido e dar ao seu povo uma chance de sobrevivência.
O Livro de Ester é questionado por estar na Bíblia, pois não apresenta nenhuma ligação direta com Deus, à não ser a parte em que Ester pede que todos orem por ela, e traz muita violência, porém não estou de acordo, pois através de uma história envolvente e inteligente é demonstrado o poder da fé, que neste livro conseguiu levar a justiça e a sobrevivência aos judeus através de uma mulher. Acabo, assim, revelando o desfecho da história, Ester realmente teve seu pedido atendido e Amã e seus filhos tiveram como destino a morte, esta história explica a festa do Purim da religião judaica, que acontece nos dias quatorze e quinze do mês de Adar, o décimo segundo mês, comemorando a vitória dos judeus contra seus inimigos.
A história de Ester me agradou em vários sentidos, dentre eles por ser centrada em uma mulher, o que é raro na Bíblia, também por ser um romance e por falar da mulher que arriscou a vida por seu povo e sua religião, confiando apenas em sua fé.
Ao final da resenha, percebo que acabei não sendo tão breve quanto queria, mas tenho uma justificativa desta vez, a história bíblica é tão detalhista quanto eu, ou quase.
Nossa Julia, adorei! você soube organizar muito bem suas ideias, lindo (:
ResponderExcluirJú,
ResponderExcluirGostei muito de sua resenha e da história também, aliás não a conhecia. Você escreveu de modo simples e deixou os fatos bem claros.
Jéssica Ferrari
Ohh, Júlia...
ResponderExcluir...o seu 'detalhismo' não foi cansativo, aliás,foi necessário porque a história lida por você é mais extensa do que a maioria dos livros bíblicos lidos neste mês e como você disse é uma biografia, rs. Você foi detalhista a ponto de nos contar o importante sobre a história de vida de Ester.
E o interessante em sua resenha, é que você foi ao longo do texto emitindo o seu parecer sobre a história, sobre a personagem central através dos adjetivos atribuídos a ela, parecia que estava falando sobre um romance clássico.
Gostei. Acho que sua resenha foi a mais irreverente. A menos séria...
Um abraço
Profª Regina