O Destino de Perseu – Luiz Galdino
“A profecia do Oráculo dos Delfos: Acrísio, rei de Argos, não terá um filho para suceder-lhe no trono. Dânae, filha de Acrísio, será mãe de um menino que matará o avô.” Sinceramente, quando li esta frase no verso do livro O Destino de Perseu, tirei conclusões precipitadas achando que o livro apresentaria uma linguagem e história confusas, mas agora posso dizer que está mais para complexa.
Eu sempre fui apaixonada pelos pensamentos gregos, a imagem que esta civilização fascinante tinha dos seus deuses é intrigante, assim como o respeito que eles tinham pelo oráculo. Admito também que este livro não é perfeito. A história, acredito eu, por ser uma versão adaptada para neoleitores, apresenta algumas falhas, principalmente no final, onde coisas acontecem muito repentinamente, como se antes desses fatos serem narrados, folhas tivessem sido arrancadas do livro.
Mas, de qualquer modo, o mito grego em si é muito instigante. O início acontece em Argos, um reino onde vive a mais bela princesa, Dânae. E é justamente assim que os problemas começam, pois Acrísio, o rei de Argos e pai de Dânae, não se conforma por não ter tido um filho para herdar o trono. Assim, ele decide ir até o Oráculo dos Delfos para saber qual será o seu futuro, e lá a profecia é pregada, Acrísio não terá nenhum filho e será morto pelo próprio neto. A partir desse ponto do livro inicia-se uma série de crueldades do rei contra sua filha com o propósito de evitar que ela tenha um filho, e são justamente os atos cruéis do rei que fazem com que tudo que ele está tentando evitar, aconteça. E isso foi algo que chamou minha atenção, pois, por exemplo, se Acrísio não tivesse trancado a filha em um lugar isolado, para que ela nunca tivesse um filho com ninguém, Zeus não teria ficado com pena da solidão da moça e por isso, não faria com que ela concebesse um filho metade humano e metade deus, Perseu. E se o rei não tivesse colocado Dânae e Perseu em um baú e jogado-os no mar, ao descobrir a existência de seu neto, ele não teria sido criado por uma família de pescadores e sim teria se afeiçoado ao avô, algo que não aconteceu, porque Acrísio tentou evitar sua própria morte tentando matar a filha e o neto.
Esse é apenas o início da história de Perseu, pois em sua juventude o semi-deus toma frente do livro ao embarcar em uma viagem para conseguir a cabeça de Medusa por causa de um torneio. Esta viagem é regada de aventura, criaturas mitológicas gregas (algumas das quais eu nunca tinha ouvido falar) e até um pouco de romance, mas durante todo o livro uma pergunta paira na cabeça do leitor: Irá Perseu cumprir sua sina? Matar o próprio avô?
Ao terminar de ler esse livro, minha sensação foi de fascinação pelos gregos e sua cultura. Sente-se apenas uma vontade de ler mais sobre as aventuras de Perseu, pois ele parece o tipo de pessoa que não encara apenas uma grande aventura na vida, mas várias. Ao final de tudo, descobri que a mitologia grega é mais interessante e bem estruturada do que eu pensava, assim me deixando uma vontade louca de conhecer mais mitos gregos e aprender com eles.
Aluna - Julia
Legal, Júlia! É muito bom quando um livro mexe com a gente a ponto de queremos conhecer mais sobre a história. Gosto muito da mitologia grega também (já disse isso aqui, né?).
ResponderExcluirBom Desafio!
Não sou uma conhecedora da mitologia grega, Júlia. Sei bem pouco, mas o suficiente para me sentir fascinada e querer saber mais sobre esse 'mundo' cheio de mistérios, tramas, profecias, deuses. Como você muito bem descreveu, concordo que a história deles seja interessante, organizada e bem estrutura. Isso é fascinante!
ResponderExcluirBjs e ótimo desafio pra você também!!
E BOM SABER UM POUCO MAIS SOBRE ESSAS COISSAS
ResponderExcluirGostei do que você falou, muito legal mesmo.
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