ORGULHO E PRECONCEITO por Júlia

Título: Orgulho e Preconceito

Autor do Livro: Jane Austen

Editora: Landmark

Nº de páginas: 400 páginas – versão bilíngue.

Justificativa: Eu já tinha ouvido muito sobre as obras de Jane Austen, assim fiquei curiosa sobre a autora. Quanto ao livro, o fácil acesso e o título me chamaram atenção, além da capa e de outras referências aos personagens em outros filmes e livros.

Essa foi a primeira obra que li de Jane Austen, mas estou certa de que não será a última. Foi a segunda obra clássica e de origem britânica que conheci, a mais fascinante delas para mim. Perdoe-me se não falo com muita coerência, mas a minha justificativa é válida, pois Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy me envolveram de tal modo que até agora não pude assimilar toda a história.

Normalmente, começo minhas resenhas com algo sobre o autor e a história do livro, porém desta vez, terei de falar de uma vez o quanto estou encantada com a história de Austen. E neste exato momento tenho de admitir que não gostaria de estar aqui escrevendo essa resenha, mas sim começando a reler esse livro imediatamente, pois procuro sentir todas as sensações que esta obra me passou de novo, e de novo, e de novo. E ainda assim não teria me cansado da história extremamente densa e complexa de Elizabeth Bennet. A partir desse livro pude garantir a mim mesma que sou uma romântica convicta, pois os personagens principais nem sequer se tocam, mas não haveria outro modo de me encantarem tanto.

Alguns acreditam que as primeiras impressões são as que ficam, mas esta afirmação contradiz com Orgulho e Preconceito, pois neste livro, existe o amadurecimento das ideias e dos sentimentos dos personagens, mudanças essas tão sutis que só são percebidas pelo leitor quando os próprios personagens o fazem. 

Em plena Inglaterra do fim do século XVIII as cinco irmãs Bennet foram criadas por uma mãe que desejava nada mais além de um bom casamento para todas as filhas. E era isso que todas elas queriam, afinal foram educadas para querer. Porém Elizabeth Bennet queria mais do que uma vida submissa a um marido de boa situação financeira, ela queria amor.

Quando o rico, bonito e educado Sr. Bingley chega à cidade, é logo visto com bons olhos por todos, porém é fisgado pela mais velha e bela das irmãs Bennet, Jane. Por outro lado muitos questionam como um homem tão agradável pode estar acompanhado de um amigo tão frio e sem polidez como o Sr. Darcy. Este que causa uma reação de desprezo ou ódio a todos, inclusive a Lizzy Bennet, a única jovem que não tem medo de enfrentá-lo e questioná-lo, e justamente por isso ela desperta o interesse do homem que mais despreza. 

Como em qualquer romance, seja clássico ou não, as coisas não são facilmente resolvidas, pois após esnobar e humilhar o Sr. Darcy, Lizzy descobre que ele não era nada do que aparentava ser. 

Além disso, em paralelo, se desenvolve a história de Jane com o Sr. Bingley e as aventuras das jovens Bennet em busca de um marido a todo custo. 

Orgulho e Preconceito me encantou, pois pude ser levada a Inglaterra do século XVIII, conhecendo mais sobre como era essa vida passada e podendo avaliar e comparar os valores, que com o tempo, foram perdidos. Afinal este livro é sobre muito mais do que um casal apaixonado, é sobre uma família com defeitos incontáveis, porém com uma união admirável. Apesar de ter adorado todos da família Bennet, acredito que a determinação de Elizabeth, sua personalidade no geral, foi o que mais me fascinou, pois, através do que conheci sobre a autora, vejo na personagem a própria Jane Austen, que é conhecida por escrever episódios que ela própria já viveu. 

Junto com Elizabeth, me encantei pelo Sr. Darcy aos poucos, pois seus atos gentis e educados também se revelaram deste modo, por isso até o fim do livro ele ainda é desprezado por muitos, menos por Lizzy, claro.

Agora você pode estar se perguntando o porquê do nome Orgulho e Preconceito, pois bem, foi isso que me levou a lê-lo, espero que cause o mesmo efeito, pois não há modo melhor de passar algumas horas.