sábado, 6 de agosto de 2011

O CORCUNDA DE NOTRE-DAME por Gabriela


       Livro: O Corcunda de Notre-Dame
       Autor: Victor Hugo
       Nº de páginas: 118
       Editora: Scipione 

Justificativa: Quando era criança sempre ouvi falar do famoso Corcunda de Notre-Dame através de desenhos e filmes, mas agora surgiu a oportunidade para lê-lo e descobrir o que cada personagem é e me encantar mais ainda ou me decepcionar. 
 
“Quasi modo géniti infantes”, traduzindo do latim significa “da mesma forma que os recém-nascidos”, era assim que iniciavam a missa após o domingo de Páscoa e talvez esse fato tenha sido uma das fontes de inspiração para Victor Hugo criar Quasímodo, o famoso corcunda de Notre-Dame.

D. Claude Frollo era esquisitão, digo, arcediago e estudioso.  Por questões do destino, ou dos ciganos, ele adotou Quasímodo. O menino além de corcunda, era vesgo, coxo, surdo e tinha uma enorme verruga em cima de um dos olhos... Coitado, não tinha como piorar!

Quasímodo era uma aberração, mas tal palavra não define quem ele era de verdade. Talvez tudo o que ele sentisse fosse medo e insegurança. Naquela época todos o julgavam pela aparência tênue, mas será que aquela criatura tinha mesmo um coração?

Se tinha ou não coração, eu não sei, mas que a história teve paixões teve. O arcediago e seu filho adotivo eram apaixonados por Esmeralda, uma cigana muito bela, que por sua vez era apaixonada pelo capitão Febo, que tinha um compromisso com Fleur-de-Lys. Ah, não posso me esquecer de Pierre, o poeta falido, que era “marido” de Esmeralda. Quanta confusão! E não pára por aí. Mistérios também envolvem todos em Paris. Uma tentativa de assassinato, um sequestro, magia negra, um fim trágico, porém inevitável. Teve de tudo um pouco.

O corcunda de Notre-Dame é um clássico não só por retratar a realidade daquela época, mas a forma como é retratado que torna tudo mais interessante. Lê-lo foi uma ótima experiência, pois pude aprender que nem sempre as diferenças tornam o outro um monstro. As pessoas, tanto do livro quanto as de hoje, sempre vão julgar sem nem mesmo conhecer. De fato a aparência ainda está em primeiro lugar, mas será que é tão importante assim? Quasímodo, apesar de ser extremamente feio, era uma pessoa muito boa. Ajudou quem precisava em troca de nada, nem mesmo de consideração. Caráter não tem hora nem lugar. 

4 comentários:

  1. Gabi,
    Sua história reuniu romances, magia e ainda dá uma lição de moral. Sempre gostei de histórias clássicas e sua resenha me fez gostar desta também. De modo simples você descreveu quem o Corcunda verdadeiramente é. Parabéns!!

    Jéssica Ferrari

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  2. Dos clássicos escolhidos para serem lidos, acho que o seu foi um dos mais 'calculados',ou talvez 'originais', não sei direito a palavra para caracterizar sua escolha, rs. Você me parece ter sempre uma opção definida e isso é bom e faz parte do desafio: fazer escolhas interessantes e realmente desafiadoras.

    Muito boa sua resenha também, Gabriela!

    Não há comparação entre os estilos de Victor Hugo e Clarice Lispector, mas as personagens nas obras lidas por você e a Veridiana me parecem ter uma certa semelhança - ambas, como diz a Veridiana, sofreriam bulling se vivessem hoje. Só que ambas marcam pelo que tem de 'pior': uma a beleza [o corcunda] a outra, a insignificância...

    Ótimo desafio pra você e que venham ótimas escolhas por aí também.

    Bj
    Profª Regina

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  3. Não sei bem se são opções definidas, talvez planejamento... gosto de ser um tanto apressada rs. Quanto aos personagens, não tinha parado pra pensar, mas existe mesmo uma semelhança. Obrigada pelos comentários meninas. =D

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  4. Gabi, superficialmente eu já conhecia essa história, mas ler o livro me parece interessante, pois através dele foi possível ver que vc tirou uma bela lição.

    Júlia

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