segunda-feira, 25 de julho de 2011

UM ESTRANHO NO MEU QUARTO por Veridiana


É regra por ora sem exceção: romances de banca é sinônimo de livrinhos água-com-açúcar, literatura cor-de-rosa, romances em série... E todos, são de certa forma clichês, com amores avassaladores, superação de obstáculos, finais felizes, cenas de sexo... O interessante é que o meu livro foge da regra, para um livro padrão com todas as regras e receitas citadas acima, “Um estranho no meu quarto’’ não ter um final feliz é de uma incoerência tamanha em Amy Garvey?!

Marthas’s Vineyard, aquela não era o tipo de cidade adepta de cartazes e presépios gigantes com renas mexendo a cabeça de forma hipnotizadora e muitas luzes. Tudo ali era mais aconchegante e antiquado, tudo era velho de certa forma. Até os moradores pareciam personagens de uma peça teatral, da bibliotecária severa ao senhor simpático que passeava toda manhã com seu cão. Sem falar é claro da casa assombrada...

Vindo do dicionário assombrada quer dizer: Que faz sombra, que tem sombra; sombreado, sombrio. Ameno, aprazível, fresco. Em que há almas (sombras) do outro mundo: Casa assombrada. De bom ou mau semblante ou aspecto (usado com os advérbios bem ou mal). Atônito, aterrorizado, espantado, estupefato, pasmado. Vindo de mim assombrado/ assombração/ fantasmas são tolice, pura e simples. Sei disso desde os meus tempos de criança!! Os mortos não voltam pára assombrar ninguém, e os fantasmas não passam de projeções dos nossos medos, sejam criados para atrair turistas, adicionar um ar de mistério, nos dar oportunidades para assustarmos uns  aos outros, éclaro... Para darmos a desculpa para alguém nos fornecer um abraço protetor em uma noite escura. O fantasma Gasparzinho, fora o único fantasma que eu ouvira falar... E não é um bom exemplo de mundo espiritual que eu possa citar, já que ele é camarada.

Sam parecia pensar como eu, ele não acreditava que almas vagavam sem sentido nenhum pelas casas em busca de coisa alguma -mesmo se tivesse um certo sentido, até mesmo certa coisa- Sam simplesmente não acreditava no fato da mansão Prescott ser assombrada. E Charlotte queria provar a existência de um fantasma na casa a qualquer custo. Fazia tão pouco tempo que Sam e Charlotte ficaram tão próximos, mas Sam já sentia como se uma eternidade tivesse passado. Em meio a uma casa assombrada, surgiu um amor que era nitidamente proibido... Por quem? Não sei... E nem sei se quero saber para falar a verdade, as vezes mudar e adaptar a um novo conceito seja tão assustador quanto ao simulacro viver junto a ti.

7 comentários:

  1. Ficou muito boa a sua resenha,e parece ser um livro muito interessante e bem legal.Meus parabéns.
    ArthurZ.M.

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  2. Veridiana,

    Adorei a resenha. Como vc escreve muito bem, confesso que fiquei um pouco confusa no final. Vc poderia ter falado mais sobre os personagens de Sam e Charlotte. Gostei da relação que vc fez sobre o que era assombrada e o paralelo entre vc e o personagem ficou legal. =D

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  3. Realmente o final ficou um pouco a desejar... Acontece que como eu disse no início da resenha, meu livro foge do padrão. Não existe um final feliz! Não é querendo me defender, mas realmente o final do livro nos deixa confusa. Eu mesma não entendi o que aconteceu ao certo entre Sam e Charlotte. Fora isso, o livro é muito bom de ler, me surpreendi com o clichê de banca, rs.

    Mesmo assim, obrigada =)
    Veridiana

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  4. Veridiana,
    Adoro o jeito que você escreve. Você não tem medo de fazer críticas e demonstrar sua opinião, assim a história é passada de forma descontraída e nos faz pensar. Além disso, torna sua resenha rica.

    Jéssica Ferrari

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  5. Veridiana...

    Sua resenha ficou muito boa e interessante!!

    Luiza.

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  6. Muito boa sua resenha. Você escreve muito bem. Parabéns!

    Juliana

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  7. ficou ótimo sis! te dizer, que pela resenha e pelo o que comentou na sala sobre o livro, parece ser mais interessante do que eu li.. enfim, continue assim! rs
    beijao!

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